10.13.2006

Divagações da minha cabeça...

Até quando terão a mim como uma boa pessoa? Até quando terão a mim como má? Quando não mais terão a mim?

Um ser inebriante, um ser conquistável, maquiavélico e calmo. Capaz de fazer rir ou chorar, capaz de amar ou de ser amado, até quando me tirarão por mim?

Vida de poucos amores, de tantos amados. Vida de tantas promessas, tão pouco embreagada... Em que penso eu quando meus olhos voam longe? Eles se perdem nos pensamentos mais obscuros e inócuos que posso escolher (posso eu escolher?). Divago longe, tantas coisas para dizer, tão pouco para falar. O que diria eu agora quando o silêncio parece tão acolhedor? O que diria quando nada do que eu possa dizer faria sentido, ou seria bem vindo pelos seus ouvidos? Ou talvez, sim, eu sei que você gostaria de ouvir o que eu penso em meus momentos sozinha, mas não teria vergonha se ouvisse em frente aos outros?

Depravada, inoscente, que mistura seria eu, que mistura seria você? Que papel você escolhe toda manhã? Em que palco que encenar no dia de hoje? A mocinha? A bandida? A puta? Como é satisfatório ser atriz dia após dia nesse mundo em que apenas ignorantes riem de suas piadas estúpidas criadas para atroz divertimento. Entrertendo dia após dia cegos inteligentes sem cérebros que se julgam bons demais por alguma moeda em seus bolsos. Que drama você colocará hoje em sua vida? Terá amores, dessabores? Que gosto você trará a sua boca? Bebida e qualquer coisa, ou talvez qualquer conteúdo ilusionista e alguém bonito e estúpido e bastante pra ouvir você rir a suas custas e continuar lá, desejando você...

Divertimentos da vida, o que seria ela sem eles? Quem seria eu sem eles? Quem seria você sem seus pensamentos diversos pra lhe afastar do mundo que lhe consome e lhe levar para dentro de sua cabeça, ou de sua... sua...

Sorrisos e lágrimas. Podem aparecer com a mesma frase, sempre depende de como você pronuncia as palavras. Tudo depende de como você pronuncia as palavras. Se algum dia depender de alguma palavra, pobre de você. Verdade bonita e amarga, mentira maravilhosa. Nunca se sabe o que estarão de fato dizendo a você, de você. Mas se é comigo, esqueça! Não dependerei da palavra de ninguém e apenas constituo dia após dia, incansavelmente, os personagens da minha peça, o palco perfeito para a atuação e as melhores falas.

Terrível seria viver num mundo desses sem nenhuma idéia que me levasse distante para consumir-me como verme em carne podre. Terrivel seria apenas a realidade dessa vida fraca que me atormenta os olhos todos os dias ao acordar.

E que cada um entenda como quiser, afinal de contas, estou apenas pensando.

2 comentários:

Lu disse...

Pois é, amiga.. cada um entenda como quiser! Continue sempre pensando bastante! Te amo muito.. to morta de saudades! Beijo no coLação ;D

Unknown disse...

Quanta filosofia...
=)
Pediu pra passar,passei aqui!